Novo Enem permite, a partir de 2024, escolha de área de segunda parte da prova
A partir de 2024, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) contará com provas diferentes, divididas por áreas de conhecimento, em uma adaptação ao novo ensino médio, que está sendo implementado neste ano no país, e poderá apresentar também questões discursivas, não só objetivas, como ocorre hoje.
No primeiro dia do exame, uma parte da avaliação verificará a formação geral básica, alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será comum a todos os estudantes e incluirá a redação. No segundo dia, será examinada a parte diversificada, isto é, os conhecimentos dos itinerários formativos escolhidos por eles para o aprofundamento na etapa média, que passou a contar com uma flexibilização curricular.
No momento da inscrição do Enem, o estudante deverá optar por uma das quatro provas possíveis da segunda etapa do exame: linguagens, ciências humanas e sociais aplicadas; ou matemática, ciências da natureza e suas tecnologias; ou matemática, ciências humanas e sociais aplicadas; ou ciências da natureza, ciências humanas e sociais aplicadas. Fica a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) construir as matrizes de referência das duas etapas das provas, a partir das quais as questões serão elaboradas, assim como preparar um novo banco de itens.
Ao mesmo tempo, as instituições de ensino superior definirão quais dessas quatro provas servirão para a seleção de seus cursos de graduação. Elas poderão utilizar ainda os diplomas de curso técnico de nível médio para aplicação de bonificações na pontuação final empregada para o ingresso dos estudantes, de acordo com a aderência e o alinhamento entre este curso e o curso de graduação pretendido pelo candidato.
Nesse incentivo à continuidade do técnico médio no nível superior, poderão ser utilizados pelos candidatos diplomas de cursos técnicos de nível médio tanto do itinerário da formação técnica e profissional, quanto de cursos realizados nas formas integrada, concomitante e subsequente ao ensino médio. O MEC fará a sugestão de fatores de ponderação, conforme a aderência entre o curso técnico de nível médio e os cursos de graduação, a serem aplicados para aferição da pontuação na segunda parte do Enem.