Parceria com Senac e Senai e sistema de crédito marcam piloto no DF

Iniciativa

Secretaria de Educação do Distrito Federal

Estado

Distrito Federal

Última atualização

21/10/2022 às 19:58

Data

13/08/2021

Formato

EPT nos Estados

Acesso

Livre

Parceria com Senac e Senai e sistema de crédito marcam piloto no DF

Com a reforma do ensino médio, o Distrito Federal passou a adotar um regime de oferta semestral da etapa, e não mais anual, com carga horária de créditos, em que um crédito equivale a uma aula de 50 minutos, matrículas por unidade curricular, parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem e avaliação por objetivos de aprendizagem, tanto na formação geral básica, como nos itinerários formativos.

O gestor da escola pode escolher qual dia da semana ofertará os itinerários formativos, incluindo o itinerário de formação técnica e profissional, que podem ser às terças e quintas ou às quartas e sextas. A formação geral básica é ofertada nos demais dias, sendo que em todas as unidades escolares é obrigatório que a segunda-feira seja para a formação geral básica. Cada escola só pode escolher um modelo para os itinerários, ou seja, da terça e quinta, ou da quarta e sexta, não podendo haver na mesma unidade escolar a oferta dos itinerários nos dois modelos.

Nos outros dias e horários, os estudantes cursam o itinerário de formação técnica e profissional, oferecido por meio de parcerias firmadas com o Senai, o Senac e o Centro de Educação Profissional - Escola Técnica do Guará, integrante da rede distrital, a partir de um termo de cooperação técnica. Os alunos dirigem-se às unidades dessas organizações e utilizam laboratórios, equipamentos e infraestrutura.

As vagas ofertadas no Senac e no Senai estão dentro do PSG (Programa Senai ou Senac de Gratuidade), ou seja, não têm ônus para a Secretaria de Educação. “Firmar essas parcerias envolveu a participação direta do governador do Distrito Federal, que dialogou com a direção do Serviço Nacional de Aprendizagem, resultando no termo de cooperação técnica”, relata Joelma Bomfim da Cruz Campos, diretora de educação profissional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, que se baseou no modelo de Ontário, no Canadá, para criar seu sistema de créditos, já adotado aqui por diversas faculdades.

O currículo do novo ensino médio foi aprovado pelo Conselho de Educação do Distrito Federal em dezembro de 2020. No total, o ensino médio no Distrito Federal tem 3.200 horas, sendo no máximo 1.800 horas para a formação geral básica e outras 1.400 horas ou mais para os itinerários formativos, já incluindo o projeto de vida. No itinerário profissional, existem cursos técnicos, FICs (Formação Inicial e Continuada) e Programa de Aprendizagem.

Para fins censitários e de financiamento da educação, contam-se matrículas duplas (da escola regular e do curso técnico), com a certificação do parceiro para a parte técnica e a certificação do ensino médio pela secretaria. Atualmente, estão sendo ofertados os cursos técnicos de informática, informática para internet, administração, computação gráfica e secretariado, além de alguns cursos FIC como montagem e manutenção de computador, assistente de recursos humanos e assistente administrativo. 

A oferta do projeto de vida no Distrito Federal ocorre dentro do itinerário escolhido pelo aluno, seja ele profissional técnico ou de aprofundamento em uma das áreas do conhecimento. Trata-se de uma unidade curricular obrigatória, ministrada ao longo dos três anos do Ensino Médio, com dois créditos a cada semestre, totalizando duzentas horas.

A implantação do novo ensino médio teve início em 2020 com o projeto-piloto em cinco escolas, que, em 2021, foi ampliado para doze. A previsão é atingir 92 escolas em 2022 com cinco itinerários em todas elas. O processo de construção da proposta começou um pouco antes, com um questionário em 2019, que verificou entre os estudantes do 9º ano quais os cursos técnicos a maioria deles queria cursar e quais os itinerários prefeririam, entre as áreas do conhecimento e o itinerário de formação profissional e técnica. Ao mesmo tempo, foi detectado, entre as instituições parceiras, quais os cursos mais procurados. A seguir, conjugando-se os desejos dos alunos e a possibilidade de oferta dos parceiros, elaborou-se um plano de implementação.

Um novo questionário deverá ser aplicado aos alunos no fim de 2021 para pautar a oferta ampliada para 92 escolas em 2022, que poderá contar também com aulas do itinerário profissional nos outros cinco CEPs (Centros de Educação Profissional) da rede distrital de ensino (Brasília, Ceilândia, Planaltina, Brazlândia e o de Música). A Secretaria de Educação do Distrito Federal também está firmando parceria com o Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), a fim de ampliar as oportunidades de estágio remunerado para os estudantes do ensino médio integrado.