A classificação de complexidade foi realizada com base no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT). O material foi elaborado pelo Ministério da Educação e dá suporte ao planejamento de cursos de Educação Profissional Técnica (EPT) de nível médio no Brasil.
A 3ª edição do CNCT, de 2014, relaciona 227 cursos, agrupados em 13 eixos tecnológicos (ou áreas de conhecimento).
O objetivo é ter uma ideia da complexidade de implantação de cada curso relacionado no CNCT. A classificação nem sempre permite deduzir o custo exato dessa infraestrutura, pois não mostra detalhes dos insumos necessários em cada requisito mencionado.
O catálogo apresenta a infraestrutura mínima necessária para implantar cada curso. Exemplo: no curso Técnico em agente comunitário de saúde, são listados como requisitos de infraestrutura:
Neste caso, consideramos que o curso em questão possui "2 requisitos de infraestrutura". Esse critério dá uma ideia de "volume": quanto mais requisitos, mais complexa (e potencialmente mais cara) é a implantação do curso.
O número de requisitos de infraestrutura varia de 2 a 15, dependendo de cada curso.
O grau de especificidade dá uma ideia do quanto daquela infraestrutura investida para determinado curso pode ser aproveitada por outros cursos. Alguns cursos possuem requisitos "exclusivos" daquela formação. Exemplo: no curso Técnico em hospedagem, são listados "4 requisitos de infraestrutura":
Desses quatro requisitos, metade (laboratório de recepção e laboratório de governança) é específica e não pode ser aproveitada em outros cursos. A outra metade é de requisitos presentes em outros cursos (podem ser aproveitados). Infere-se, então, que o percentual de especificidade é de 50% (equivalendo a um grau de especificidade de 0,5). De acordo com o curso, o grau de especificidade pode variar de 0 (todos os requisitos podem ser compartilhados) a 0,85 (85% de requisitos específicos do curso).
A partir do cruzamento dos dois critérios adotados acima, obtém-se o "Nível de Complexidade" de implantação do curso. Em linhas gerais, cursos "menos complexos" possuem baixo número de requisitos e baixo grau de especificidade. São cursos que demandam menor infraestrutura e ainda podem usar a infra para outros cursos. Cursos de “maior complexidade” possuem alto número de requisitos e grande parte dessa infraestrutura não pode ser aproveitada para outros cursos (alto grau de especificidade). De acordo com o curso, o nível de complexidade é categorizado em: baixo, médio, alto ou altíssimo.
Baixa complexidade:
Número de requisitos: de 2 à 3 e Grau de especificidade: de 0 à 0,3
Média complexidade:
Número de requisitos: de 4 à 5 e Grau de especificidade: de 0,31 à 0,50
Alta complexidade:
Número de requisitos: de 6 à 15 e Grau de especificidade: de 0,51 à 0,85
Altíssima complexidade:
Número de requisitos: Acima de 15 e Grau de especificidade: Acima de 0,85
O gráfico acima representa as quatro áreas de complexidade, de acordo com o número de requisitos e o grau de especificidade. O gráfico também mostra o número de cursos que se enquadra em cada nível de complexidade.
Caso você tenha outras dúvidas com relação aos critérios de categorização de cursos, entre em contato conosco.